Há momentos em que um raio de clarividência nos ilumina o cérebro, em que despertamos para a realidade, em que paramos de permitir que nos enganem e nós próprios nos enganemos.
Há momentos em que as ilusões deixam de existir.
Quando tal acontece temos duas opções, ficamos desolados, deprimidos e sem reacção ou então, tendo agora pleno conhecimento do que nos rodeia, agimos.
E não há melhor definição do que somos do que os momentos em que são necessárias acções.
Podemos seguir vários caminhos, podemos demonstrar o barro de que somos feitos.
Por fim, dei-me conta que ser-se profissional, eficiente, conhecedor, prestável, pró-activo, enfim ser-se competente não chega. Pelos vistos, parece que é necessário ser-se uma personagem de romance, mas não de Eça ou Virgílio, mas sim de Margarida Rebelo Pinto (sim, eu conheço os romances dela, e depois?!?).
Posso enveredar por atitudes de Primo Basílio, ou então ser uma Maria Eduarda fatalmente condenada pelo destino (…o drama…), mas eu não sou assim.
Eu, todos os dias, decido e tomo uma posição. Neste momento, e nos últimos tempos, podem estar a fazer-me alguns cabelos brancos, mas também sei que quando alcançar o objectivo este vai saber-me mais doce.
O caminho pode tornar-se mais longo, mas não há nada mais gratificante do que saber que cheguei lá sem perder noites de sono e pedaços de mim.
Entre muitas outras coisas, Conhecimento foi o que 2010 me trouxe.
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