segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Dezembro

Acordou sentindo um frio que se lhe entranhava na pele, o verde dos jardins cobertos pela geada reluzente pelo brilho do Sol, pleno, alto, longuínquo que não permitia aquecer.
O seu estado permanecia entre o muda e o calada, a observar a pouca natureza que o inverno oferece a acordar.
Tomou o seu café, escolheu a roupa do dia, preparou-se e entregou-se ao dia.
Focou os olhos no caminho, perdeu-se nos pensamentos até ter chegado ao seu destino.
Permanecia entre o muda e o calada, um simples Bom Dia não foi suficiente para quebrar este estado de alma.
Não era solidão nem introspecção, nem ela sabia bem o que era, bastava-lhe estar assim a mover-se, a comunicar, mas sem dizer palavra.
Mas neste mundo de sonoridades ninguém está habituado ao silêncio, ninguém o compreende. E nisto as pessoas à volta interessam-se pela sua condição mas sem lho dizerem O que estará acontecer? Porque não fala? Estará a entrar em depressão?
No seu silêncio encontra a plenitude, a força e determinação para o quanto de palavreado lhe espera, de outros e dela própria.
Silêncio de si, Sonoridades dos outros, por vezes isso chega.
Por vezes só isso a mantém em Paz.


Feliz Natal



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