sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Quem Ri por último, Ri mesmo melhor?

When the laughter fade away
Ma vie
Tout ma vie
When there's nothing left to say
Ma vie
My oh my

It's the last laugh of the laughter
Sur la dernier page do chapitre
On the last day of the year
Ma vie
Tout ma vie
When the spotlight fade away

Ma vie
C'est la vie
When the blue skies turns to grey
Ma vie
Tout ma vie
It's the last laugh of the laughter
Sur la dernier page do chapitre
On the last day of the year
Ma vie
Tout ma vie
When the laughter fades away

Ma vie
Tout ma vie
When there's nothing more to say
Ma vie
My oh my

It's the last laugh of the laughter
Sur la dernier page do chapitre
On the last day of the year
Ma vie
Tout ma vie
Ma vie
My oh my


Travis - The last Laugh of The Laughter

Será que as pessoas quando juram vingança medem todas as consequências do caminho que vão seguir?
E será que ficarão assim tão preenchidas e satisfeitas com o resultado final?
Ou será que a passagem bíblica de dar a outra face e aprender a perdoar deveria ser apreendida por todos nós?

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Reféns

Turn down the lights;
Turn down the bed.
Turn down these voices
Inside my head.
Lay down with me;
Tell me no lies.
Just hold me close;
Don't patronize.
Don't patronize me.
'Cuz I can't make you love me
If you don't.
You can't make your heart feel
Something it won't.
Here in the dark
In these final hours,
I will lay down my heart
And I'll feel the power;
But you won't.
No, you won't.
'Cuz I can't make you love me
If you don't.
I'll close my eyes,
Then I won't see
The love you don't feel
When you're holding me.
Morning will come,
And I'll do what's right;
Just give me till then
To give up this fight.
And I will give up this fight.
'Cuz I can't make you love me
If you don't.
You can't make your heart feel
Something it won't.
Here in the dark
In these final hours,
I will lay down my heart
And I'll feel the power;
But you won't.
No, you won't.
'Cuz I can't make you love me
If you don'

Bon Iver - I Can´t make You Love me

A noite tinha sido diabólica, e em todas as suas horas permanecia acordada com um único pensamento: A esperança é lixada.
Por um lado, a transmissão do optimismo, o delinear um futuro, e a espera de uma felicidade ainda não alcançada.
Por outro lado sentia o seu juízo toldado, sentia-se cega e surda, ao ponto de se sentir uma estátua. O seu dia-a-dia é vivido numa infelicidade porque amanhã poderá ser possível tornar o desenho realidade.
A hora passava e o pensamento era o mesmo: A esperança é lixada.
Tudo é evolutivo e ela no mesmo lugar, o que um dia é divino, no outro não o é, mas ainda não acredita. E persiste num sonho que poderá ficar muito aquém das expectativas e do outro lado fecha as portas, aquelas que a podiam realizar de um modo que nunca julgou possível. Mas não o sabe.
O dia em alvorada e o pensamento no mesmo acorde: A esperança é lixada e a introspecção é pior ainda.
Como me aceito? Como assumo os meu Guilty Pleasures? Como é que as minhas verdades não são absolutas? Eu não tenho advogados do diabo nem imoralidades no meu curriculum.

Se Magoou, é intencional.
Se Mentiu, é para poupar os outros.
Se corre em vida paralela, é para me ajustar ao que todos querem.

Nas ruas o movimento começa, mas a casa continua em silêncio. E não admite par si própria que
Magoou por vingança.
Mentiu pelo sentimento de liberdade e
Seguiu um caminho paralelo, porque convinha.

Utopias.
O Mundo de escolhas sem consequências em o prazer do momento suplanta o do futuro. q

Utopias.
Onde o amor platónico e o amor físico de romance é vivido com personagens diferentes e não termina em tragédia.

Utopias.
O desejo da ubiquidade se torna obsessão.

E novamente:

'Cuz I can't make you love me
If you don't.
You can't make your heart feel
Something it won't.





segunda-feira, 22 de julho de 2013

Leitura do Dia

O intervalo de Cavaco para ficarmos pior

Daniel Oliveira

1. Cavaco Silva pode ter conseguido mudar a percepção das algumas pessoas sobre esta crise política. O Presidente quase conseguiu fazer esquecer onde começou ela começou: com a demissão de Gaspar e de Portas. Ou seja, dentro da própria maioria. A armadilha que montou ao PS teve como principal efeito coresponsabiliza-lo por algo a que foi alheio. Acenou-lhe com a cenoura de eleições daqui a um ano. Eleições que, a julgar pela sua decisão de ontem, considera, afinal, desnecessárias. E isso foi suficiente para Seguro cair na sua armadilha, sem sequer deixar logo claras quais as condições em que nunca cederia.
2. Cavaco Silva tentou reforçar o seu poder, sendo padrinho de uma charada inútil, que não tinha nenhum dado para que pensasse que poderia ter algum resultado. E garantiu, através de um ralhete inconsequente e de ameaças veladas, a tutela sobre o governo. Ou seja, o Presidente trabalhou para sua própria popularidade, enfraquecendo, assim, ainda mais um governo em decomposição.
3. Alimentando, durante mais de uma semana, este processo, conseguiu, pelo seu desfecho, que a maioria dos comentadores tratou como se fosse resultado de irredutibilidade e falta de patriotismo dos partidos, degradar ainda mais a imagem do sistema político-partidário. Tudo, como se o conteúdo do que se negoceia fosse acessório para o "interesse nacional", desde que se chegue a um acordo qualquer. De que o corte de 4,7 mil milhões de euros nas despesas do Estado, com efeitos catastróficos para a economia, é apenas um de muitos exemplos.
4. Conseguiu instituir a ideia, que sempre lhe foi muito cara, de que a existência de oposição e de alternativas é uma anomalia democrática. Quase uma excentricidade nacional - não tem acompanhado, com certeza, as crises políticas e a curta duração de quase todos os governos de países europeus em crise económica. A sua atitude pouco pedagógica, em relação às vantagens do pluralismo político e da democracia, não espanta. Afinal de contas, este é o homem que considera que duas pessoas de boa-fé, com a mesma informação, só podem chegar a conclusões iguais.
5Prolongou uma crise política por mais 10 dias. Para quem vê como principal impedimento à realização de eleições o clima de incerteza e a instabilidade que criariam, não deixa de ser estranho alimentar estas duas coisas sem que daí saia qualquer clarificação ou ganho para o País. Nem sequer deixou o governo mais forte para o caso improvável deste querer realmente negociar alguma coisa com credores e instituições europeias. Pelo contrário, perante as suas ameaças veladas e a sua tutela, o governo ficou mais fraco.
Resumindo: Cavaco Silva tratou dos seus assuntos, das suas pequenas vinganças, da sua desesperada luta pela popularidade perdida, deixando tudo - o governo, a oposição, a credibilidade da democracia e o País - mais frágil. Nada novo, portanto. Cavaco Silva foi Cavaco Silva


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-intervalo-de-cavaco-para-ficarmos-pior=f821969#ixzz2Zlb2pRW4

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Reflorescer

La mamma morta m'hanno 
alla porta della stanza mia; 
Moriva e mi salvava! 
poi a notte alta 
io con Bersi errava, 
quando ad un tratto 
un livido bagliore guizza 
e rischiara innanzi a' passi miei 
la cupa via! 
Guardo! 
Bruciava il loco di mia culla! 
Cosi fui sola! 
E intorno il nulla! 
Fame e miseria! 
Il bisogno, il periglio! 
Caddi malata, 
e Bersi, buona e pura, 
di sua bellezza ha fatto un mercato, 
un contratto per me! 
Porto sventura a chi bene mi vuole! 
Fu in quel dolore 
che a me venne l'amor! 
Voce piena d'armonia e dice: 
"Vivi ancora! Io son la vita! 
Ne' miei occhi e il tuo cielo! 
Tu non sei sola! 
Le lacrime tue io le raccolgo! 
Io sto sul tuo cammino e ti sorreggo! 
Sorridi e spera! Io son l'amore! 
Tutto intorno e sangue e fango? 
Io son divino! Io son l'oblio! 
Io sono il dio che sovra il mondo 
scendo da l'empireo, fa della terra 
un ciel! Ah! 
Io son l'amore, io son l'amor, l'amor" 
E l'angelo si accosta, bacia, 
e vi bacia la morte! 
Corpo di moribonda e il corpo mio. 
Prendilo dunque. 
Io son gia morta cosa!



"La mamma morta" , ouvido na Voz de Maria Callas

Uma ária de 1896, cuja personagem, Maddalena di Coigny, filha de uma família nobre conta a Gérard, um dos seus pretendentes, como ela ficou Órfã quando a sua mãe ao tentá-la protege-la dos tumultos da Revolução Francesa.
Nesta passagem ela conta o seu desespero e como quase desistiu de viver quando o ser fiel criado, Bersi, foi forçado a "trocar a sua beleza" para a poder salvar da sua doença.
Após esta chegada ao ponto mais baixo, Maddalena conta que ouviu a "Voz do amos", que lhe prometeu companheirismo e esquecimento dos horrores da Revolução.

A minha pergunta é, quantos de nós conseguiu ter optimismo no futuro e capacidade para se libertar da ira após passar por momentos traumáticos na vida?


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Por ti?Tudo...*

Tenho uma proposta a fazer.
No meu entendimento, julgo que só há uma forma de terminar, pelo menos por umas décadas, a instabilidade politica.
A Assembleia da República passa a chamar-se Governo, e a denominação diferente que hoje existe entre partidos converge para Partido Socialista Democrático de Bloco Popular.
Humm? que acham?
Pelo que sei, o Sr. Bolo Rei ia aprovar e a Manelinha podia parar de mentir frisar que teve um momento irónico.

* modo subtil de mandar a malta à m**da.

Music, the Ultimate World Language









Home Decoration

Se estiverem à procura de items de decoração no site da La Redoute não se assustem quando entrarem na secção de casa de banho.

Fica uma amostra:


Sim..é isso mesmo...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Entre o querer e o ser.

I want to live life, and never be cruel
And I want to live life, and be good to you,
And I want to fly, and never come down,
And live my life, and have friends around

We never change, do we?
No, no.
We never learn, do we?
So I want to live in a wooden house

I want to live life, and always be true
And I want to live life, and be good to you,
And I want to fly, and never come down,
And live my life, and have friends around

We never change, do we?
No, no.
We never learn, do we?
So I want to live in a wooden house
But making more friends would be easy

Oh and I don't have a soul to save,
Yes and I sin every single day.

We never change, do we?
We never learn, do we?

So I want to live in a wooden house,
Making more friends would be easy,
I want to live where the sun comes out

We Never Change - Coldplay

Vamos deitar a cabeça na almofada e dormir profundamente. Sem sonhos, sem ruidos, sem exaltações, sem pensamentos.
Vamos deitar a cabeça na almofada e sentir o cérebro limpo e acordar no dia seguinte regenerados.
Vamos adormecer como um bebe, respirar calmamente, e acordar somente quando o despertador toca.
Vamos aceitar as consequências do nosso feitio e fazer alguma coisa. Vamos entrar no processo de mudança ou aceitarmo-nos como somos, libertamos as culpas e a sede de agradar.
O que somos, o que queremos, quem queremos do nosso lado?
Não vamos fingir, mas vamos respeitar que queiram espaço de nós.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Estados d`Alma

Lido assim até aprece nome de restaurante trendy no melhor spot da cidade, ou então um título de um novo Fado, que agora está tão em voga.
De repente todos passamos a adorar tudo o que era popular, são os bairros dos pescadores, das peixeiras de canastra à cabeça, das e dos fadistas e das tascas onde o vinho da casa volta a encher as mesas já atulhadas de mini-pratos ainda com gordura do chouriço assado.
A calçada portuguesa passou a ser o passeio mais maravilhoso que se pode ter, esquecendo-se os saltos presos e as contas semanais em sapateiro, isto quando ainda há remendo.
O cheiro dos assadores na roupa passou a ser tão exclusivo como usar o Chanel no 5 em Paris.
Faz parte, isto é ser-se Lisboeta!
Palavras que saem dos lábios de quem está a comer um Santini enquanto olha para as montras da Gardenia do Chiado.
Somos todos tão IN, e vamos todos nesta competição desenfreada de quem é o Best of the locals.
E pergunto eu, e o que é das pessoas que nunca saíram desses bairros, que se mantiveram nas casas degradadas, cujo senhorio não consegue ter 2 tostões para as recuperar, mas com uma vista para o Tejo de tirar a respiração, Cadê?(sim brasileiro, porque de portugueses temos tão pouco)
E as pessoas que se mantiveram nos bairros mal-afamados e que agora tornaram-se sítios cool para se implantar novos restaurantes e bares, será pela vista? pela calçada? pelo aspecto popular? veja-se não é pelo aspecto pobre, o adjectivo é popular, ou porque de toda a Lisboa estes eram os bairros mais baratos nas rendas, nas obras, no licenciamento? 
Estou contra esta nova tendência?
Nada, acho muito bem, que se revitalize, que se encham as ruas como antigamente, que se saia de casa, que se respire o ar das ruas estreitas construídas desde a permanência arábica em Lisboa, agora...
Agora...
Por favor, não me enganem...
Não me dêem inverdades...
Não me dêem argumentos falsos...
Porque estes bairros ainda só têm a remela tirada do canto do olho, o banho que ainda precisam de levar, senhores..o banho...
Não me digam que é por ser um sitio tão Lisboeta, e nós, todos nós, todos os 15 Milhões de Portugueses e mais os Turista e mais os Imigrantes, somos todos tão Lisboetas e há que gostar do que nós somos, e por isso...Eu, empreendedor com Visão estou a Investir no Local.
Não, não estás a investir no local, estás a escolher dentro do teu reduzido leque, porque o m2 em Lisboa é para lá de caro, e a angariação de €€€ é curta.
Estás a ganhar gosto pelo bairro? Estás a atrair pessoas que até agora tinham medo de entrar, como quem estivesse à beira de um antro de decadência?
Não, não me enganem...
Dêem-me as reais razões. E aí..aí terão a cliente mais leal que alguma vez poderão ter.

Nota para entendimento do post:

Definição de Metáfora -   é a palavra ou expressão que produz sentidos figurados por meio de comparações implícitas. Ela pode dar um duplo sentido a frase.

ou então,


Definição de Alegoria - Figura de estilo complexa, de carácter macro-estrutural, que é constituída por uma sequência continuada de figuras micro-estruturais, baseadas na analogia, que são geralmente metáforas. A alegoria encerra uma comparação alargada entre uma realidade concreta e animada, que é mostrada ao leitor/ouvinte com objectivo de explicar/clarificar uma entidade abstracta 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

My Clementine

If tomorrow's sun doesn't shine
If no creatures stir in the morning time
If the clouds go still in the sky
And the days roll in and pass us by
I will ride your elevator
We'll stay out 'til it is later
If tomorrow's sun doesn't shine
At least I'll have my Clementine

If tomorrow's moon doesn't show
If our dreams go lost in the winter snow
And the flowers wither and die
And the waterfalls go low and dry
Will you meet me in the garden
We'll say 'please' and 'beg your pardon' 
If tomorrow's sun doesn' shine
At least I'll have my Clementine

There's a place that nobody knows 
There's a packing up of a summer clothes 
In the lazy days of my mind 
You've always been my Clementine
Clementine

Interpretado por Pink Martini

Os momentos de turbulência continuam e, com eles, o fecho de ciclos antigos e o começo de outros, novos, talvez mais pequenos, talvez ainda mais turbulentos ou simplesmente mais movimentados. Será o nascimento de novos sonhos? de novos horizontes?
Nestes momentos de incerteza onde parece que tudo se desfaz, procuramos as âncoras de nosso navio, procuramos os novos ventos e direccionamos a vela para melhor navegar.
A vida não é estática e nada melhor que as voltas do mundo para o sentirmos.
Mas, em todas as mudanças, em todas as revira-voltas e todos estes acordares para as novas realidades há alguém que me tem agarrado ao horizonte, alguém que não me deixa perder, alguém que pega no leme e me leva.
E neste turbilhão que é a minha vida deixo-me conduzir por ti, nesta Valsa em Salas de Recepção no nosso Palácio de Viena ao qual chamamos Casa.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Primavera em flor*

Hoje é dia de Santos António, padroeiro casamenteiro, época que as moças casamenteiras constroem um Altar ao Santo e pedem-lhe que traga um noivo.
Hoje é o dia das ruas e vielas dos bairros antigos de Lisboa, da sardinha assada, do manjerico, das fitas e balões coloridos a atravessar as janelas.
Hoje é dia de ajuntamento, de desconhecidos amontoados aos encontrões porque as ruas são estreitas para tanta afluência.
Hoje é dia de festa, hoje o dia dá lugar à noite e ninguém se importa, porque hoje atrasa-se o amanhã, todos os minutos contam e cada hora é vivida em pleno.
Hoje a azafama dá lugar à excitação, a musica pode já não ser a mesma, mas a festa é.
Hoje, o dia é teu e meu, hoje o dia é Nosso, marcou-se o dia e tudo à nossa volta se evapora, nada existe, nada acontece, só o Nós.
Só Nós existimos, as nossas mãos não se largam, os nossos olhos vêem-se de frente e dizem-se que se Amam.

Hoje é dia de Casamentos e Festa e o Nosso será sempre celebrado, será sempre sentido em pele de galinha, as borboletas nunca deixaram de voar no nosso estômago, e para nós todos os dias são 12 de Junho, todos os dias dizemos SIM.

Queres namorar comigo?
Queres morar comigo?
Queres casar comigo?
Queres ter filhos comigo?
Queres partilhar a tua Vida comigo?


* título de poema de Mariana Correia

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Voltei, Voltei de lá, ainda ontem estava em Tóquio e agora já estou cá*

Pois que já fui, pois que já voltei.
É capaz deste blog se tornar um travelblog.
Veremos se tenho paciência.


* piquena adaptação da música de Dino Meira

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Amanhã é sempre longe demais*

"Dizes-me até amanhã
que tem de ser, que te vais
porque o amanhã, sabes bem
é sempre longe demais "

Resistência

Quantas noites pousamos a cabeça na almofada adiando decisões para o dia seguinte, tendo perfeita consciência que esse adiamento não é mais que um engano, porque no dia seguinte outros assuntos e afazeres diários tomam-nos o dia e este termina novamente e, como um ciclo que nunca é quebrado, lá estamos nós de cabeça deitada na almofada com as insónias a assaltarem-nos.

Decisões...

E quantas vezes não escolhemos caminhos incertos porque, fartos das nossas próprias indecisões, percipitamo-nos, numa tentativa de vã de recuperar o fôlego que ficou retido nas noites infindáveis de adiamentos.

Decisões...

Quantas vezes vamos correr uma maratona com o espírito de corrida de 100 metros de velocidade?

Decisões...

A vida quer-se vivida e raras vezes conseguimos aquele momento de clarividência em que conseguimos delinear um projecto do principio ao fim e com vários planos para cada obstáculo ou intersecção que não contávamos. Mas daí a percorrer uma espiral interminável de visões turvas e caminhos tortuosos...seremos nós os nossos próprios inquisidores?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

´Till there, there is no end.

Wake
form your sleep
the drying of your tears
Today
we escape
we escape

Pack
and get dressed
Before
your father hears us
Before
all hell
breaks loose

Breathe
Keep Breathing
Don´t lose
your nerve

Breathe
Keep Breathing
I can´t do this
alone

Sing
us a song
a song to keep
us warm
There´s 
such a chill
such a chill

You can laugh
a spineless laugh
We hope
your reles
and wisdom choke you

Now
we are alone
in everything peace

We hope
That you choke

Radiohead - Exit Music (For a film)

Existem características que nos diferenciam dos restantes seres vivos, curiosidade, consciência, e todo um conjunto de emoções não instintivas ...ou se calhar até são, mas nós conseguimos dar-lhes um nome, adjectiva-las, verbaliza-las. Comunicação. Será a chave da diferença.
Seremos talvez a espécie com maior capacidade de comunicação e que menos a utiliza.
Todos os erros que daí advém são enormes, de tal forma que muitas vezes são irreparáveis.
A distância entre a intenção e a realidade aprofunda-se com o tamanho das meias palavras, dos meios gestos, da vida pela metade.
O não dizer por medo.
Medo.
Quanto medo existe no nosso dia-a-dia?
Por medo nos resguardamos, não nos entregamos, não comunicamos.
Normalmente damos-lhe outro nome...chamamos-lhe precaução. Um adjectivo não tão pungente, suavizando a solidão a que nos remetemos.
E as depressões inundam as relações humanas, o amor é incompreendido, as acções deverão ser sempre analisadas e reanalisadas, porque..bem, porque não existem atitudes desinteresseiras.
A inocência perde-se cedo, o cinismo inunda-nos de tal modo que não sabemos como ser de outra forma, as conversas tornam-se frivolas, e o nosso dia-a-dia torna-se uma gaiola dourada que à mínima queda se parte.
E nisto, onde se escondem os actos momentâneos, aqueles não pensados mas que trazem sorridos, onde andam os pedidos de casamento feitos porque o momento tornou-se n´O momento, sem pensar, simplesmente porque "it felt right".
Onde se escondem os abraços e beijos sentidos, sem razão aparente, só porque o calor daquela pessoa é "tão bom".
Onde se perderam as cartas de amor? as notas e pequenas declarações?
Onde se meteram os confrontos? Onde anda uma boa discussão? daquela que lava a alma mas não apaga a ligação?
Estamos rodeamos de medo, de normas, estamos formatados.


sexta-feira, 12 de abril de 2013

2013 - O ano das certezas religiosas

Senhores e Senhoras,

Atentem bem que o tempo das dúvidas religiosas chegaram ao fim, já não precisam mais de se dirigir à sua igreja mais próxima para pedir orientação quando os tempos são difíceis. Nem acender velas a uma estátua, nem ajoelhar perante um crucifixo.
Este é o ano em que temos Papa Sul-Americano, vinda daquele país em que uma senhora loira (tanto de ADN Sul Americano) veio dar a sopa aos pobres com o dinheiro dos próprios e é também o ano em que surge um novo Messias.

Ou então é a encarnação de Deus.

Desta Vez não tem cabelo loiro e olhos azuis, nem tão pouco é um Hot Jesus.

Não, meus senhores e minhas senhoras apresento-vos alguém que foi ferido mortalmente pelas tropas portuguesas e que está cá entro nós para desempenhar o seu papel de Governador.

O nosso Jesus dos tempos modernos...o senhor Mawete João Baptista.

Vejam que poético que é...o excelentíssimo ferido mortalmente que está vivo tem como apelido Baptista!!

Mais provas e elas aí estão.

Salvé..muitos Salvé..que isto é divindade pura.

Uma questão? também demorou 3 dias a ressuscitar?

e neste caso seremos nós, os Portugueses, os Judeus da actualidade?

Se sim, já era tempo de sermos semelhantes noutros pontos, como no €€€ dentro dos nossos cofres, parecendo que não há aí uma dividazinha a pagar.....

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Apesar do meu divórcio com a música brasileira...

...existem clássicos, sim na minha opinião Djavan já é uma antiguidade, a serem recordados:


Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...

Eu levo a sério, mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá que não quer meu calor
São jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não

Djavan - Se

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