Eu adoro ler, adoro perder-me nas letras e palavras que vão formando uma história ou estória. Adoro encarnar uma ou todas as personagens, entrar no enredo, chorar nos dramas, sorrir no humor, deliciar-me com o sarcasmo e a ironia bem feitas (ai..ai..o meu Eça).
Por isso fico sempre triste quando mais uma livraria, daquelas que contém preciosidades, fecha.
Este ano foram mais que muitas e a Buchholz não escapou. Fundada em 1943 pelo alemão Karl Buchholz que fugiu de uma país devastado pela 2ª guerra mundial. É um local de culto, onde se descobrem livros únicos, que dificilmente se encontrará noutro local, é um local que nos transporta para tempos que não existem mais, onde as bibliotecas eram espaços de cultura, locais de sabedoria, locais de aconchego.
Assumo a culpa de não frequentar a livraria tanto como deveria, assumo a culpa de eu também a ter deixado morrer, indo perder-me mais na Fnac e Bertrand e cada vez menos na Buchholz...
E assim, é mais um espaço que serviu de tertúlias, cultura e lazer que vai morrendo.
Durante este mês encontra-se em liquidação total.
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